Tostão das Matinês

РEh, Mil-r̩is ! Bom dia...

Tostão das Matinês

РEh, Mil-r̩is ! Bom dia! Veja quanta coisa eu trouxe da feira para voc̻!
E o menino Tostão despejou o carrinho de pedreiro que tinha arrastado com esforço desde a feira da cidadezinha para alimentar seu elefante.
Mil-réis sacudiu a tromba e o enorme corpo, dirigindo-se para o pequeno monte de verduras murchas e legumes despedaçados que o “seu” menino tinha arranjado para ele. Mas, antes de comer com a fome de todos os elefantes, acariciou Tostão com a tromba.
Se os elefantes soubessem sorrir, a expressão de Milréis estaria igualzinha a dos vovôs quando recebem a visita dos netos.
– Eh, Mil-réis! Você é tão grande que nem pode ser meu bichinho de estimação, não é? Como dizia o falecido palhaço Minhoca, eu é que sou sua “gente de estimação!”.
(Pedro Bandeira. Gente de estimação. 1996. Adaptado)

Na frase РVoc̻ ̩ ṭo grande que nem pode ser meu bichinho de estima̤̣o ... Рa palavra meu indica que o menino se sentia dono: